Chovia, era isso que via-se pela janela, chuva. Caia sem parar, as vezes haviam aqueles espaço em que dava uma trégua e o sol aparecia timido por entre nuvens, mas então vinha a chuva e tornava a molhar tudo que tentava secar, típico dessa época do ano as ruas oras estavam cheia de crianças e oras alguns transeuntes arriscavam andar pelas poças de lama sob as gotas de água que caiam majestosas do céu.
Isobel assistia tudo aquilo, com a cabeça apoiada no braço, ela observava as gotas que escorriam pelo vidro da janela, formava o desenho dos raios que explodiam logo acima, gostava de ficar quietinha ouvindo a chuva no telhado, o ronco do vovô e o rádio velho ligado baichinho só na estatica. Uma lembraça formava-se ai e era renovada sempre que o céu chorava, mas de repente algo perturbou essa melodia, pela janela Isobel viu uma cabelira vermelha correr pela rua, arregalou o os olhos e pregou a testa no vidro, para ter certeza de que não fora uma ilusão, mas uma outra pessoa corta a rua e dessa vez ela reconheceu quem era, Lúcio quebra dentes correndo na chuva... Hum... havia algo de errado.
Olhou para o avô que roncava na sua cadeira de balanço e se esgeuirou até a porta, abriu com uma cautela assombrosa, a porta gritava toda vez que era usada e dava pra ouvir da cozinha que alguém chegará ou saia de casa. Isobel fez o milagre de ela emitir somente um gemido ao abrir e um gritinho ao fecha-la, pegou seus sapatos um pouco molhados, e o velho guarda-chuva vermelho da vovó e andou meio desajeitada com o guarda-chuva todo quebrado até o portão de sua casa, quando se aproximou e olhou para rua viu a seguinte sena: Lúcio quebra dentes socava na barriga um menino de cabelos vermelhos que era segurado por dois membros de sua gangue, o menino tinha sangue escorendo pelo nariz, e relutava bravamente as investidas de Lúcio, ele não emitia nem um som de dor, e isso parecia irritar muito Lúcio que o socava.
Isobel queria ver melhor , então subio nas grades do portão com o guarda-chuva e tudo, mas sem perceber ele rossou em um vaso que ficava no pequenomuro da casa, em um instante o vaso da vovó com flores tristonhas espatifava-se no chão, com o susto Lúcio parou de bater no tal garoto virou-se, mas não viu ningém só o vaso em pedaços no chão. Isobel estava escondida encostada no muro com uma pedra em uma das mãos, se ele aparecesse sabia exatamente o que fazer com a pedra, mas não foi o que aconteceu, alguns minutos se passaram e nada de Lúcio, ela levanta lentamente ainda na espectativa de ter de usar sua arma em mãos, completamente molhada o guarda-chuva completamente despedaçado, os olhos de Isobel se assustam com o que vê.
Parado na frente de seus olhos do outro lado do muro estava o menino de cabelos vermelho, com sangue saindo do nariz, com a mão na barriga ficaram ambos em silencio até que ele o ruivo falou:
-Obrigado...
Ela responde:
-De nada... Vo... Você quer a... juda?
-Claro tô todo moido...
Ela deu um leve sorriso, ele meio desajeitado retribui. Ao abrir o portão ele fala:
-Meu nome é Jonas...
-O meu é Isobel... vem vou acordar o vovô ele sempre sabe o que fazer...
Neste exato momento a chuva dá sua trégua, ambos caminham até a porta que dessa vez a porta gritou com vontade quando foi aberta. Tudo só pra acordar o avô de Isobel que sonhava com solos incríveis de violino.