domingo, 29 de junho de 2008

Jorge de novo...

E então Jorge? Hoje vc ganhou... Como se sente? Feliz? E aí, tem dragões por aí? Noite de vinho vagabundo de novo... Ha-ha-ha. Vinho me volta lembranças, maldita memória! Desembainhe a sua espada Mon Senhor é hora do embate.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Guantanamera

Hoje acordei com a cabeça cheia, completamente, pensando em mil coisas, e sensível. Já derramei umas lágrimas por pensar demais, lembrando dos olhos castanhos que estão por ai com a cabeça cheia de coisas também. Nesta madrugada não tive sonhos, pelo menos não me lembro deles, acordei pesada, respirando fundo e decidindo o amanhã já! Urgente, chorosa, melindrosa.
Uma secessão de coisas que dizem o que você é ou quem é você, talvez algumas pessoas possam te dizer algo e iluminar sua cabeça, na verdade descobri que tenho ódio por certas figuras, gente de verdade, raiva que meu sangue ferve a ponto de evaporar, no entanto eis a questão: a mediocridade fora a parte me impede de secar, ou seja, deixo pra lá, aparentemente alguns motivos, porque o ar é o mesmo pra todos. Melhor que isso é saber que tal figura está tão perdida quanto eu fui um dia, é bom ser assim, é interessante, pois não falta gente pra te empurrar ladeira abaixo, eu não precisaria me sentir assim e relação a outrem, porém cá com meus botões falte-me mais bom-senso e parar de pensar um pouco. “Ser ou não ser eis a questão” frase celebre dita por Hamlet, ele vivia sua guerra e perdeu tudo mesmo na vencendo na vingança.
Na hora de vir ao meu trabalho dois colombianos no meio do vai e vem dentro do ônibus tocaram musicas latinas e sai um Guantanamera, nossa eu adoro essas música, e tinha lá um instrumento típico de cordas e flauta, cantada tão bem que naquele momento adoraria ter R$ 10,00 pra compra o tal CD que eles vendiam. Essa canção lembrou-me uma vez há muito tempo quando era criança, tocou no rádio e vi meu avô sentado na cabeceira da mesa balbuciar estas palavras Yo soy un hombre sincero / De donde crece la palma... Lembro de sentir um frio na barriga com o som dessas palavras que nem sabia o que significavam, por que nasci neste seio? Dúvidas, e que seio hei de parir?

Guantanamera
Raices de América

Composição: Joselito Fernandez
Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morir me quiero
Echar mis versos del alma

Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Mi verso es de un verde claro
Y de un jazmín encendido
Mi verso es de un verde claro
Y de un jazmín encendido
Mi verso es un ciervo herido
Que busca en el monte amparo

Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Por los pobres de la tierra
Quiero mis viersos dejar
Por los pobres de la tierra
Quiero yo mis viersos dejar
Por que arroyo de la tierra
Me complace más que el mar

Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morir me quiero
Echar mis versos del alma

Guantanamera, guajira guantanamera
Guantanamera, guajira guantanamera

terça-feira, 24 de junho de 2008

Conceituando o eu de mim

You'll be given love / you'll be taken care of / you'll be given love / you have to trust it…
Björk_ All is full of love

Considerações à parte realmente é muito difícil amar. Tal afirmação advém do mérito de quem o sente. Deixar tudo ou ter tudo? Fazer escolhas. Interessante disso que parece estar em uma estrada a qual se acha que conhece bem e de repente aquele susto, será? Sim? Não? Meu jeito, seu jeito, nosso jeito, o jeito dos outros. Meço-me pelas minhas intenções, então vamos lá, quais são? Intencionada ou não gostaria muito de crescer, na verdade queria muito trabalhar no circo, isso é sério, sempre foi minha vontade trabalhar em um circo e adivinha ser palhaço, ou melhor, palhaça. Por quê? Eu não sei. Gostaria de ser também cantora, mas não sei cantar, por quê? Boa! Também não sei. Queria ser pintora, queria ser piloto de avião, queria ser escritora, queria ser mãe, e por quê? Nunca vou poder responder simplesmente porque não tem resposta. Então o que tem haver tudo isso com amar. Porque eu não sei, mas sinto e quero – querer é uma palavra que escraviza – as coisas parecem desafiadoras não é? Ah sim é mesmo, mas que chamado estranho é esse? Adoraria responder as suas perguntas, juro que adoraria, contudo não posso, sim estou tateando no escuro como você, e que surpresa só tenho uma certeza, a mesma que diz ter. Do meu coração de gelo que não se expressa muito bem, tento mesmo modificar esta engrenagem ruim que implantaram em mim com coisas tipo: você nunca terá nada, se não fizer como digo. Você não tem valor se não fizer desta forma. E pra mim existe milhares de formas, maneiras, perímetros, âmbitos, tão complexos que não me importo com suas excentricidades, sinto-me até a vontade, permitindo tudo fluir, essas coisas...
É verdade que um furacão passa, veja bem tenho muitas coisas pra contar a começar pela má informação sobre isso, este monumento que avassala quando vem, e permita-me dizer não pergunta se pode fazê-lo certo? Não mesmo. Começaria pelas incontáveis noites que lavei meus olhos de dentro para fora – quem assistiu Chaves sabe do que falo – pensando que boneca vazia eu era, boneca sim, pegavam no meu queixo sorriam e chamavam-me disso. Das vezes que suportava o peso de um outro alguém só pra ele depois me dar uns tapinhas nas costas e dizer que tinha sido ótimo. Oh que bom servi-lhe meu senhor carrasco... Daquelas outras vezes que andei por ai contando com amigos que hoje não tenho mais. De alguns momentos que pensei que não tinha mais saída, sem nenhuma certeza. Eu sonho demais... Isso foi há algum tempo atrás, têm outras coisas, algumas feridas que demoraram pra fechar e umas ai que irão cicatrizar mais cedo ou mais tarde.
Agora tenho uma outra parte de mim, novo, tudo novo, até o coração. Ando por aí, ando, ando e ando, porém sei de algumas coisas, tem quem duvide, sim tem pessoas que duvidam não as culpo o que a vida fez delas é poeira pra mim, o que tinham de me ensinarem já fizeram apesar de acreditarem que meu molde saiu errado. Tenho ar, mãos, mente livre e uma amor. Certeza que fora de tempo e mundo e só minha. Tudo que escrevi não tem nada com nada, são fragmentos de coisas das quais recordo, e vivo neste momento, nunca entreguei de fato meu coração, exceto a um, bom este está com medo como estou, e isso é normal afinal quem entende este fenômeno do amor, ninguém ouso afirmar, mas quem resistiu a ele, ninguém acho que posso escrever. Ninguém...

domingo, 22 de junho de 2008

Eu te amo

Chico Buarque
Composição: Tom Jobim / Chico Buarque

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

sábado, 21 de junho de 2008

A Banda

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou

Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela

A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor

terça-feira, 17 de junho de 2008

O Jorge e a saudade

Mais uma vez, armistício, é só olhar em qualquer dicionário. Estou sentada com a minha armadura de latão, suja como sempre, descansando, pois a batalha virá e preciso recuperar minhas forças. Sim tenho uma espada, tá enferrujada e a bainha está bem gasta, mas afinal quem se importa? Veja só hoje tenho uma companhia ilustre, permita-me apresentá-la: Saudades...
-Olá como vai?Posso te fazer companhia hoje a noite?
-Ahhh!Por favor, não se faça de rogada, sente-se.
-E então como vai?
-Intermitente e você.
-Vou bem, mas sabe como é muito trabalho. Tem muita gente com saudades nesse mundo.
-Quer vinho?
-Por favor, encha o meu copo sim...
-Pois não...
-O quê esta ouvindo?
-O de sempre...
-É verdade lembrei-me agora que sua saudade é Rock’n Roll.
-Ah mais esqueça as drogas.
-Perdão, sexo e Rock’n Roll...
-Prefiro amor.
-Perdão novamente, a propósito mais um pouco de vinho...
-Ahh... Sim, você bebe rápido...
-Já estou acostumada e este vinho não é dos melhores.
-Nossa só juntei umas moedas, foi o que deu pré comprar...
-Esqueça meu comentário infeliz então, mais você não vai continuar a contar está história?
-Mas estou conversando com você.
-Sim, mas gosto de ler o que escreve, estou sempre presente esqueceu?
-Não esqueci, obrigado pro lembrar-me disso...
-Perdão, mas continue...
-Tudo bem.
Como ia escrevendo (gerúndios), estava pensando no Jorge. Quem é Jorge? Não sei não o conheço, hoje é aniversário dele. Imaginei-o com uma armadura reluzente em cima de um cavalo branco, um estandarte e uma espada brilhante, mas então cai na realidade de que talvez Jorge esteja bebendo seus destilados juntos com seus amigos legais, gente boa, e com uns dragões, pois festa sem dragão não tem graça. E eu ouvindo: The hindu times, Your my sunshine/Your my rain... Será que sendo Hindu teria paz de espírito sem a presença dele? Hindu, Hare Crhisna, Islã, Católica, Espírita, Protestante, Macumbeira. Não gosto de convencionalismos e muito menos de regras, essas do tipo que moldam sua forma de pensar. Não entendo porque tanta discussão com conceitos falhos, já que estes mesmo criados por pessoas com um pouco de conhecimento a mais que outras só isso. Você tem cérebro, tenha seus próprios conceitos! Deus é um só. E sempre vem alguém dizendo: Minha verdade... Opa meu amigo sua verdade não é aminha, desculpe-me, mas não concordo, e então a pessoa inflama feito um baiacu, o que eu posso fazer? Engraçado Deus me fez assim mesmo, controversa. Nasci com estes pensamentos, cada qual com seu cada qual, só precisei entender o que é ética. Moral? Veja bem minha moral numa tribo no meio da Amazônia não é nada, Sacow?
Ovelha negra, gosto muito da Rita. Ela é o que quero ser quando crescer. Tá não sei cantar tudo bem, nem ruiva. Okei! Só falei. Só comecei a ouvir mais mutantes por causa dele, pra entender mesmo. E o que li (já leu a Divina comédia dos mutantes? Não?! Faça esse favor a você mesmo, leia!) Descobri uma mulher forte... Ahhh todo mundo fala que os irmão Babtista são os fodões e blá,blá,blá... No entanto Tuti-fruti e daí ela nunca mais parou, quanto aos irmãos virtuosos... Hummm... Sem comentários. Devo dizer que está é uma opinião pessoal, portanto se não agradou crie seu próprio blog e escreva o que lhe der na veneta, vale pra quem já tem o seu.
Louis Armstrong, agora é calmaria disfarçada, uma conversa informal um amigo me disse que pareço com Jim Morison, outro disse: que Jim que nada hei! Lembra do Dylan? Parece com ele, corta mais o cabelo! Eu não sei cantar porra! Ele responde: O que importa? Dá pra fazer umas fotos legais o que você acha? Não sei, não gosto de fotos... Bronca dele: deixa de ser bicho!!! E olha só não vai ser você, vai ser o Bob entende o Bob... Odeio fotos! Encurralada: Já era a idéia formou, cê ta ferrada... PQP!!! E o Jim? Esquece a merda do Jim, ele ta morto... Dessa vez eu ri muito, coitado dele. É mesmo coitadinho, fodido.
O vinho acabou. Vinho vagabundo! Mas foi o que deu pra comprar, e aliás meu paladar aceita tudo, só meu estômago que reclama, mas agüento ainda to viva certo? A saudade tomou a metade, reclamou, gostou e quer mais, não tenho grana. Fodida ela diz... Sou fodida, mas feliz, alegria de pobre, conto pedrinhas imaginárias, meus rosto está vermelho... Ah vou parar de escrever me deu sono. Estou sozinha mesmo, todo mundo arranjou o que fazer. Boa noite!
-Boa noite!Cansei de você vou procurar outro alguém que tenha uma bebida mais fina...
-Faça como quiser me enchi de você mesmo...
-Mas não esqueça amanhã estarei de volta, certo?
-Não, amanhã vou estar com ele...
-Sim, mas não o tempo todo...
Odeio ironia! Mas sou irônica.
A.A

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Carinhoso

Pixinguinha

Meu coração não sei por que
Bate feliz Quando te vê.........
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo..
Mais mesmo assim..foges de mim...

Meu coração não sei porque
Bate feliz Quando te vê.........
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo..
Mais mesmo assim..foges de mim...

Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito..muito
Que te quero....E como é sincero
Meu amor...Eu sei que tu não
Fugirias..Mais de mim........
Vem....Vem...Vem...Veeeem..
Vem sentir o calor dos lábios
Meus a procura dos teus....
Vem matar essa paixão....
Que me devora o coração...
Só assim então serei feliz...
Bem..............Feliz.............

Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito..muito
Que te quero....E como é sincero
Meu amor...Eu sei que tu não
Fugirias..Mais de mim........
Vem....Vem...Vem...Veeeem..
Vem sentir o calor dos lábios
Meus a procura dos teus....
Vem matar essa paixão....
Que me devora o coração...
Só assim então serei feliz...
Bem..............Feliz.............
Meu coração...................

terça-feira, 10 de junho de 2008

Y, por tanto...

"Amá como si jamás te hubieran herido, trabajá como si no necessitaras dinero y bailá como si nadie te estuviera viendo."

(Autoria desconhecida)

domingo, 8 de junho de 2008

Domingo

Depois de escrever sobre algo bonito, amor, olha a grande ironia. Chorei, muito, não entendi os motivos, na verdade meu coração apertou ontem, tanto... O incomodei três vezes, me perdoe por isso. Impertinente. Sempre fui, até pro meus pais, pra eles sempre fui. Sem rumo. Burra. Sem casa. Sem eira-nem-beira. Será que acreditar que podia plantar minhas sementes pra vê-las árvores lindas é pecado? Talvez eu tenha corrido mesmo atrás, você não tem culpa. Sou assim inconseqüente, sem beiradas, portanto não se sinta pesado. Hoje quem pesa sou eu. Então essa é a minha guerra, comigo, essa armadura suja e de latão. Hoje tenho 20, amanhã 30, depois de amanhã 80 e mai que isso só poeira e esquecimento. Não me dou valor. Só queria um abraço e mais nada. Meu anjo deve estar dormindo agora. Eu lhe dei essa alcunha, perdoe-me. Tenho mais dois anjos, amigos queridos, minha vida por vocês perdoem-me também. Ouvi esta musica da Adriana, atingiu como uma flecha a letra mais não compreendi na hora, agora sei bem o ela quer dizer. Só agora começa a sangra...

Sem saída
Adriana Calcanhotto

Composição: Cid Campos / Augusto de Campos

A estrada é muito comprida
O caminho é sem saída
Curvas enganam o olhar

Não posso ir mais adiante
Não posso voltar atrás
Levei toda a minha vida
Nunca saí do lugar

Trajectória: 09/06/20...

E tudo começou assim: era noite, pessoas, conversas em comum e um sorriso, surpresa, que sorriso lindo... Ele me olhou, meio assim desconfiado com a aparição súbita, deve ter se perguntado: De onde veio? Escuro, pessoas de novo, mais conversas, distância, as sombras por perto a espreita observando-o e eu ali alheia ao que ouvia. Calor, lembro do calor, minha blusa colou no corpo e eu colei no corpo dele várias vezes sem que percebesse. Fechei meus olhos, respirei fundo e disse ao meu coração, músculo involuntário, “É ele que eu quero...”. O que sabia eu nesta noite? A única certeza que perdura até hoje. Não tinha nome ainda, mais havia lá batendo, pulsando. Rápido como um tiro de revolver, mirei bem no meio do peito e atirei, ele não entendeu, mais um tiro, não compreendeu... Ahhh, larguei minha arma e peguei na sua mão e dalí foi o meu coração que guiou tudo, beijos, abraços, língua, saliva, pensamento, loucura, explosão.
Dias seguiram-se, de repente uma inspiração começava a crescer, o quê? Novamente, cores, palavras, vontade, saudade, frustração, silêncio... Ainda nem doía. Então um sinal de vida. Ele se lembra de mim! Sorri, fiquei feliz, estranho, muito estranho, logo eu! Disse que mexi em algo lá dentro, dentro de quê? Do coração? Eu queria saber, queria ver, ouvir, tocar, mas e ele? Hummm... É melhor esperar. Eu não sei esperar, não tenho paciência. Os passos dele comecei a catalogar,pra decifrar o que ia naquele tempo, pedia, procurava, ligava, cercava. Eu estava caçando. Mas por quê? Eu sabia porque, ele atirou sem saber, e acertou, bem no meio da mira, ali com uma ferida aberta que pulsa forte e diz coisas cheias de sentido e força. Era a minha sina, sina adorável, carma amado, com um tiro a queima-roupa.
Ele disse sim, eu em algum lugar ele a quilômetros de mim, consciência, pra mim era sério, pra ele, demorou a se acostumar. Silêncio, esse começou a doer assim como uma agulhada. Queria deixar, abandonar, mas minha alma voltava a ele sempre e doía ,mas eu já amava, não me lembro de amar assim... Constante, a imagem daquele sorriso, da preocupação, do olhar vago, da distância apesar de tão perto, estou perdendo-o. Chorei por perceber isso. Pedi que não. Por quê? Não sei, mas queria não perde-lo. Mas não o queria numa gaiola, só queria que olhasse pra mim e sentisse o que eu sentia na mesma intensidade. Eu sei não é justo, o tempo faz tudo e não podia obrigá-lo, forçá-lo. Então deixei a contragosto o tempo fazer o que tinha de fazer, arrisquei tudo. Tudo. E se ele não quiser mais? Vai doer, minha nossa isso dói! Mas ele vai ser feliz, sim veria seu sorriso por aí, e ficaria feliz, muito. Você nem imagina. Só que joguei meus dados na esperança de ganhar, botei toda a minha fé nisso. Deus.
Um abraço foi tudo naquele outro dia. Não contei o tempo. Que tempo? Isso existiu? Não ia perder a minha parte e andar por aí, descomposta, toda pela metade, não ia! Tudo ou nada. Queria tudo, meu tudo. A felicidade vem de mim e passa por ele e volta pra mim novamente. Era o calor naquele abraço, a certeza das certezas. Ah meu amor, eu decidi, eu quis te ter. E quem diria o contrário? Não devo nada a ninguém, não do meu coração. Meus únicos acertos são a palavras que digo ao teu ouvido. A primeira vez que ouvi o amor dos teus lábios, sim meu dia favorito, junto a tantos outros. Senti-me gente, ele disse que me amava, e o teu pensamento que vagava em certo espaço de tempo e vento, misturado, como os minutos que precedem o ápice de algo descomunal, fez-me carne e osso de verdade. Corpo e mente, articulações, veias, sangue, alma, pessoa (primeira). Inspiração permanente.
Tem uma fortaleza, essa que me une a você. Chama-me, leva-me sempre pra perto de ti. Ela sempre existiu, sempre, pois já a encontrei pronta, botei alguns tijolos, tapei alguns buracos, mas sempre esteve ali. Com árvores enormes, numa delas com um balanço usado, antes estávamos lá, bem antes. Com quartos com grandes janelas onde o sol entra sem pedir permissão, onde de lá posso ver até onde a minha visão humana vai, e quando chove, posso deitar fechar meus olhos e sentir seu abraço e as batidas teu coração. Lá pus tudo que te faz bem, e tiro o que você quiser. Está fortaleza que nunca vai cair. Tempestades, ciclones, nada. De lá posso ouvir o Mar. Ali vou repousar. Vou plantar o que você quiser e ver crescer.
Foi uma noite, aquela noite, a melhor escolha que podia fazer. Um dia ouvi que não há acasos, então sorri porque entendi que o que houve era pra ser. Aprendi muito de mim, muito de ti. Entendi o que quer dizer mesmo amar uma pessoa que não está na terceira pessoa, ou quarta, que é primeira pra mim. Sim vou contar e recontar aquela noite a quem me pedir. Quem acertou de verdade não foi eu, foi Você.
Vejo nos teu olhos o que de mim reflete...
A.A.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mudança

Mudança. Eu pergunto quem não se assusta com esta palavra? A mim é pavor completo, então alguém diz, mas é uma mudança boa... Não importa, pavor, pavor. E de manhã cedo alguém me fala de certezas, e descubro que dentro de mim tenho poucas delas, uma fração infinitesimal delas, porque tudo, absolutamente tudo é relativo, mutável, menos certas coisas, exceções, cotidiano, saudades. Um homem vem e me diz sobre como não ser assim tão medíocre, medíocre? Quem disse que admito isso? Na verdade eu fico olhando pro meus pés enquanto espero o ônibus pra ir ao estágio, e de repente percebo que adoro falar palavrões, sim gosto, falo-os todos os dias sempre quando posso e me permite o lugar, mas não consigo escrevê-los. Digo p... merda pra troçar com alguém, mando ao c... qualquer coisa, mas não escrevo a palavra inteira. Isso é uma contradição, ou pior demonstra uma trava, quero escrever mais tenho travas, PQP! Não deveria ser assim, não posso ser assim. Mas não escrevo piadas, e sim histórias absurdas, com personagens absurdos... Analise: pessoas comuns são absurdas, logo escrevo sobre estas mesmas pessoas comuns... Certo? Certo! Pessoas normais não são assim tão polidas, educadas, formais... Oh, céus? O que há de faltar nesta mente tão comum e normal de outrem. Tudo bem, é só o primeiro texto, precisa de corpo – e que corpo – ter três olhos (Shiva), dez braços, e duas pernas, mas o que penso eu? Quem vai ler? Incógnita. Existe louco pra tudo nessa vida. Sou prova parcial desta afirmação.
O ponto inicial desta movimentação é uma inquietação corrosiva, pois se não dou ouvidos a ela fico mal, me dá dor de cabeça. Sim eu ia desistir, porque chegou a um ponto em que não consigo continuar, esgotou a imaginação, daí espremo o miolo, meia página, uma inteira e só... Volto leio o início, tão redondo, encaixado, perfeito, e olho as últimas páginas, minha Shiva ainda não possui seu terceiro olho (Shiva tem três olhos? Se não têm a minha Shiva têm!), nem braços a mais, confunde-se com qualquer piriguete da zona lerte... A pergunta é: Sei fazer esta coisa? Ontem estava eu toda convencida que sim, hoje tenho lá minhas dúvidas e sei que amanhã vou desistir, pra depois de amanhã no meio da rua decidir que vou continuar com isso e quem sabe dar sorte de alguma pessoa ler e até gostar e dizer: Ahmmm, sim dá pra publicar sua boneca...
Digo isso, pois o único que lê o que escrevo é o Coração (pelo menos ele é o único que fala que lê), até gosta apesar de ser suspeito em dizer, porém é quem lê, meu leitor, o primeiro. Daí ele ganha uma fotinha no meu PC com uma moldurinha fofa, com os dizeres: Leitor Nº. 1. E uma vez sentada na frente do monitor a espremer o miolão, imaginei várias molduras, dei um sorriso sacana. Pretensiosa... Ah, é! Para ele sou sofisticada. Esta pessoa (ele não gosta disso) é um amor. Mas no sentido pessoa ele é o que é, pêra aí e a história? É verdade, desculpe caro leitor que teve paciência de ler até agora. Acredita que uma vez, que não lembro, vi certa pessoa, que não sei quem é, dar dicas de como tornar seu blog popular, cool. Uma das dicas estúpidas é: nada de textos longos, pois ninguém tem paciência de ler. Sim então suponho que o visitante do blog possui um intelecto tão profundo quanto uma poça de lama. Suponho também que talvez esta mesma guru “de como tornar seu blog famoso” não escreve lá muuuiiittooo bem, com a desculpa de querer cansar o “leitor” de sua página virtual. Suponho ainda que esse “ninguém” não me inclui. Suponho exaustivamente que meu blog é careta, cansativo e testa a paciência do bisbilhoteiro de internet aculturado. Eu sou... Deixa pro próximo post.
A.A.