quarta-feira, 30 de julho de 2008

De manhã

Eu acordei disposta, e queria olhar nos teus olhos. Nesses olhos que parecem sempre ter sono. Beijar a sua boca com o hálito da manhã. Enterrar-me no seus braços, e com a minha disposição amar.

Desejei hoje ser meus e teus passos ao mesmo tempo. Acompanhar cada batida do coração, só pra me certificar que ainda vai tudo bem com você. De surpresa te roubar um cheiro, um sorriso, uma manha.

Sou presença nessa razão que te procura. Profusão do amor. Exuberância.

A.A.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Na faixa

Os pensamentos são alheios, são como cachorros raivosos, não se permitem domar facilmente. Sonhos também são assim, também não se permitem controlar, mas surgem quando bem querem e um dia você acorda com cada detalhe de um e no outro não sabe nem se sonhou.
Pensamentos combinados a sonhos são a mistura dos loucos, quando se confundem seus próprios sonhos com seus devaneios da mente consciente e antão pronto! A realidade funde-se numa fantasia que te leva de forma vertiginosa a vagar por ai sem rumo nesse mundo de meu Deus.
Hoje caminhando pelo centro desta cidade calorenta, imaginando mil coisas, descobrindo algumas verdades, sentindo um calor desgraçado e ainda pedindo que, por favor, nada interrompesse o ritmo da minha caminhada sou surpreendida por um individuo pedindo um pouco da minha atenção. Não! Eu não quero te dar a minha rasa atenção! Eu queria muito gritar isso, mas fui tão educada quanto a uma vendedora de loja chick e respondo: Desculpa, não dá. Daí ele desiste de mim e vai fazer a mesma proposta à outra mulher logo atrás de mim, ela nem sequer fala e vai embora, enquanto eu ouvindo e percebendo tudo isso sou obrigada a parar por causa de um sinal vermelho pra pedestres. Paro e o mesmo cara toma uma tática inesperada e lança esta frase: Povo metido a arrogante, depois que ela um furada não sabe por quê... Puxa vida a ouvir aquilo, ficou na ponta da língua: Ei! Vem cá me fura eu não vou sentir nada... Ei! Porém me segurei, minha boca salivou como se estivesse na frente de um prato muito apetitoso, o sinal abriu e fiquei parada olhando o semi-louco destilar todo seu veneno na calçada. Voltei a caminhar pensando nisso, nessa minha vontade que quase expressei, que quase disse com verdade, e senti um medo terrível de estar começando a ficar louca, pode parecer besteira, sim pra você pode parecer besteira, contudo eu queria mesmo dizer aquilo, e imaginei na hora o metal entrando na minha carne e eu sentido só aquele filetinho da dor seca, e me vi sentada no meio fio, um monte de gente ao meu redor e eu sangrando com um sorriso no rosto.
Andando, digerindo tudo isso entendi o porquê eu achar que nada sentiria, porque uma dor maior aplacaria qualquer outra, portanto em conversas sobre sonhos, sobre coisas, veio-me a minha alma certas dores, comecei a crer que o que separa a razão de insanidade e nada mais que um muro de vidro que a qualquer momento posso quebrar e atravessar, parei de novo e senti meu rosto latejar foi no momento em que umas lágrimas desceram, me senti doida e sã ao mesmo tempo, e tudo ficou muito confuso, sentei no meio fio porque minhas pernas bambearam, enxuguei as lágrimas pois as pessoas ao redor começaram a notar, bebi água pra desfazer o nó do choro na minha garganta e me perguntei várias coisas. Olhei minhas mãos que tremiam, olhei pro asfalto, ouvia os ônibus passarem, as outras vozes, no entanto queria estar dentro da água de novo com ele se quisesse, queria estar no seu colo, pois é só ali que não penso em nada, queria estar nem que fosse em silêncio ao seu lado, só pra sentir que estava lá.
Eu a medida de algumas coisas, não possuía medida de nada. E ate recobrar minha força e voltar a andar lembrei-me do meu ultimo sonho, foi um sonho bom, uma coisa que gostaria muito de fazer um dia, fazer café pro homem que amo.
A.A.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O tal do feeling pra viver...

Eu não acredito! Foi exatamente isso que pensei ao ouvir frases como: que falta de tolerância; que arrogância dele. Ouvi isso da pessoa mais improvável e é lógico pra não ser queimada na fogueira, como uma bruxa em plena idade média, admiti um ar blasé. Nem que sim e nem que não, em cima do muro, e odeio ficar nessa situação.
Outro ponto importante e num dia de auto reflexão tentar acha a raiz da raiz para meu comportamento nocivo, porque tem momentos em que me comporto feito um detefon, não que eu queira matar baratas, não tem nada haver com isso, mas já experimentou tacar isso numa plantinha viçosa e verdinha? Mata mesmo, pois é desde sexta me sinto assim o detefon mata tudo.
Um dia inteiro analisando ao som de coisas tipo “Yeah i feel like a force of nature/Could make you sing like a bird released” do Oasis e em seguida ouvindo a balada desse mesmo album Stop Crying Your Heart Out e indo as lágrimas me senti uma criancinha como a um tempão não sentia, ou tinha escorado esta sensação no canto de algum lugar no meu coração. Foi bem complicado pra mim admitir que eu sou esta menina tola, tola mesmo, tipo babaca, me falta o tal do feeling pra viver. E nas palavras de um grande intolerante que adoraria me ouvir dizer que ele está certo – não pelo fato de ele estar certo por te aconcelhar bem, mas sim pelo fato de massagear o ego machista dele – é burrice errar, então porque não aprende com os erros dos outros, mesmo que isso signifique que nunca vá entender direito certas coisas, mas ele tem razão é hora de domar a leoa e deixar bater e levar porrada.
A.A.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dias

Nos dias que seguem-se, a ordem das coisas, primeiro, segundo, terceiro, meu, teu, nosso...

O que há dentro da caixa surpresa?

Há parte de mim
Parte dele...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Morada

Entre uma palavra e outra e pensamentos, sentindo certo calor porque a noite estava morna, cheia de olhares. Lá organizando alguns dizeres, pensei várias vezes no amanhã, uma vez que ainda era o hoje, uma vez que esperava pelo agora.
Tudo muito gravado aqui dentro do meu coração, e sinto paz diversas vezes do dia, quando não interrompidos por rompantes de desespero, e então me pergunto que montanha russa louca é essa que estou. Olho nos olhos de alguém que passa, vejo abraços e sorrisos, ouço o estalido de beijos ao meu lado e peço que, por favor, nunca acabe, implorando que as menções sejam concretas no depois de amanhã, quando vou estar sentada observando a calmaria naqueles olhos tão meus. E respostas, e perguntas, e sentidos eu caminho agora, não corro mais, e preciso me acostumar com calos, e preciso entender as feridas e tentar ao menos curá-las para o bem. Observando minhas mãos que já possuem lá suas marcas do pouco tempo que vivi, minhas mãos, minhas palavras guardadas que ainda não sei dize-las, aprendo aos poucos a falar o que os ouvidos querem ouvir, pois dentro, aqui, neste lugar, ainda tenho muito pavor de ser. Entendo que preciso enterrar alguns medos, a sete palmos de mim, e deixar o meu temor do escuro e até brincar com as sombras, pra poder desfrutar da luz do nascer do sol. O sol vai surgir, mas mais tarde assim fora de tempo vou ouvir o meu amor dizer que já está tarde para o dia e não pra nos. Nunca para nos.
A.A.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A espera

A espera do meu Leão...