terça-feira, 28 de abril de 2009

Amor que fica

Hoje vou render homenagem a uma mulher fantástica. Ela que fingia não gostar de carinhos, mas quando ganhava um beijo sorria sem jeito. Essa mulher foi minha mãe quando a verdadeira estava em outro lugar e me ensinou a fazer biscuit, crochê, bordar – evidentemente não faço isso com aquela habilidade como ela, contudo tento – em muitos aspectos tenho características dela, assim como todos da família possuem uma coisa ou outra, ensinamentos dela. Essa mulher, minha avó, tinha um senso de humor que só vendo, ninguém estranho entrava em sua casa impune, sem sair com um apelido. Dona Terezinha, D. Tetê ou Rita era a matriarca de uma família bem singular. Tinha um jeitão assim meio bravo, porém sabia ser doce a seu modo. Vovó devota da fé e do amor pela família, todos os dias rezava seu terço colorido e pedia por todos: “Vovó, reza por mim tá?” dizia eu, ela me olhava e dizia, “Minha bichinha obedece tua mãe”. Ela fez da sua família sua maior obra de arte, com suas muitas dificuldades, porem sempre com muita fé e perseverança, ao lado de um verdadeiro companheiro que a acompanhou por mais de meio século nessa caminhada, e em todos os momentos, o vovô, um exemplo vivo de herói.
Uma vez recebi um e-mail que dizia que a saudade é o amor que fica, então a vovó deixou um montãozão (igual criança) de amor que fica. Porque seu grande amor ainda esta aqui, seu filhos, netos e bisnetos o sentem. E eu sei que ela esta em algum lugar lá no paraíso com seu tercinho colorido pedindo por todos nos, por todos que ela amava e que a amam.
Bença vó! Tchau vó, amo a senhora...