terça-feira, 14 de outubro de 2008

Teatro das sombras

As figuras, que eram sombras no lençol amarelado. Gesticulavam e tinham suas falas, nada era ensaiado, tudo era o improviso. Os diálogos surgiam no calor da situação fomentada por momentos passados e magoas profundas, as personagens agitavam-se, porque a discurção aumentara.
- Você se comporta como uma prostituta barata!!! Porque rasteja aos pés dele??? Ele só vai te usar!!!!!
- Mas eu estou tão feliz!
-Não importa porque é isso que você é, uma puta chula!
E tudo escurece, porque os personagens envolvidos dormem. Um deles pelo menos, o outro chorou até um mar salgado lhe cobrir por completo.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Não sou daltônica!

Eu não tenho dimensão de certas coisas. Não sei lidar direito com pressão, me sinto acuada, como um bicho do mato que se perde e cai na cidade. E ouvia os trovões, parecia próximo demais, uma tempestade, alguém comentou que em outro lugar chovia muito. E só caia aquela garoa e lá no fundo vi um arco-íris, daí tive a certeza que tudo ficaria bem e a noite depois de umas lágrimas, o abraço, o alívio e o sono.

A.A.