segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Palavras secas


Eu era criança em algum lugar dessa vida. De alguma forma tirei todas as minhas vaidades ainda menina e cumpriu-se o mito da lealdade. Hoje perdi todo aquele frescor dos tempos idos de lugar nenhum, no meu mundinho de sonhos e fantasias, procuro eternamente voltar a decidir-me pelo sim e não pelo não. Longe ou perto o sopro cruel daquele, meu algoz, esta sempre presente, minha carne chama por ele incessantemente, querendo ter o que a muito foi perdido. E sem saber que minha própria perdição sou eu mesma, completa e com culpa por todos os lados, eu sou o problema. Eu sou a imagem e semelhança do problema.



Quadro de Mario Andriole intitulado Sertão.

Um comentário:

Lincoln o Fofo disse...

e que roblema fostes? e que silêncio causaste? o meu? tive o meu porque mereci, as vezes sou incessante culpado, e só por isso sinto a necessidade de que cada vez que me sentir tentado, navalhar a minha carne profundamente, até que o meu sangue se torne palavras, "que é pra acabar com este negócio de você viver assim"... te amo