
Para enfim descobrirem-se tão diferentes do que pensavam que eram.
Por que percorrer tantas esquinas?
E entender precisar pousar em apenas um lugar.
Por que beijar tantas bocas famintas?
Até compreender que a boca que você gostaria unicamente beijar,
Está a cargo do destino.
Por que sorrir amarelo cem vezes ao dia?
Enquanto por dentro você chora e quer gritar...
Por que querer se matar?
Se o que você realmente quer é viver.
****
Em algum lugar de mim,
Ouvi a canção morna da manhã.
Em algum canto em mim,
Senti o sabor doce da presença.
Em vezes em meu pensamento,
Posso tocar os devaneios, frutos da saudade.
E ser eu.
Tão somente.
Em alguns momentos faço troça da dor.
Brinco de mentir a mim mesma.
Quando que em certas ocasiões sou coadjuvante da minha história.
Então me desfaço destas quinquilharias do sentir,
E sou todo o rompante do ser.
***
Formam-se vozes
Empertigadas no escuro
Havia os risos nos olhares taciturnos.
Ouviam-se os passos.
Tudo isso atrás da porta.
Por sobre o aço.
Que enferrujou com os anos,
Mas não envelheceu os homens.
Que discursaram com seus preâmbulos.
Sente-se o silêncio.
Sussurros...
Entende-se o armistício.
Amam-se por fim.
Tocam-se sem fim.
A.A.
Nenhum comentário:
Postar um comentário