
Ela se olha no espelho, analisa seu corpo perfeito envolto num vestido vermelho, com um decote generoso, rodado até o joelho। Pega o batom vermelho e passa na boca, calça seu sapato vermelho de salto agulha, dá mais uma olhada no espelho e, com um olhar travesso, pensa que esta noite realmente quer se divertir...
Entra no seu conversível e vai para a Cidade Baixa. Neons, ruas de pedra, mulheres e suas plumas, homens e suas gravatas. Estaciona o carro vermelho já provocando olhares; loira, platinada sai do carro toda de rubro e caminha pela rua de pedras tão velhas e gastas quanto o tempo.
Rebolando, anda girando o juízo de quem a vê. Passa por casas noturnas, cerrando seus lindos olhos verdes como se estivesse a caça, como se espreitasse por sua presa. Sobre a calçada percebe o neon verde e azul, onde diz “Midnight Club”: encontrou sua vítima. Entra requebrando o quadril de forma alucinante, deixa homens excitados e mulheres enciumadas, senta no bar e imediatamente o barman se aproxima perguntando:
- O quê a beleza vai querer?
Ela faz um biquinho, olha lânguida para ele e responde:
- Um Drymartini baby...
Em cinco minutos o barman traz a bebida. Ele nota o vermelho de suas unhas combinando com todo o resto e comenta:
- Toda combinando hein?
Ela responde:
- É minha cor favorita haney...
Ela gira no banco para apreciar as mesas cheias e, enquanto toma seu drink, ao fundo toca um blues ritmado. Acompanha o som balançando seu pé, lançando olhares cinuosos aos demais, muitos sentados conversando, fumando e bebendo, garçonetes andando pra lá e pra cá. Termina sua bebida e caminha por entre as mesas em direção ao palco, sobe nele e para surpresa de todos ela começa a cantar.
Com a voz aveludada mas forte, um pouco rouca mas suave, ela canta um blues cadente, quente pra quem ouve. Canta a história de dois amantes que se encontram num quarto de motel, na Cidade Baixa, andar dois, quarto 19. Os descreve cantando os beijos, as carícias e as loucuras do casal entre quatro paredes.
Canta insinuando seu próprio corpo, sensual, derretendo de excitação. No salão, uma conexão estranha começa a se formar, pares e pares caminham até ele e dançam: homens com mulheres, homens com homens, mulheres com mulheres, negros e brancos, todos bailando pelo saloom, embalados ao som daquela voz tão envolvente.
E mais e mais eles se tocam, mais e mais se embriagam de luxúria. A banda hipnotizada, como se quanto mais tocassem mais prazer sentissem, não param com a música. Então, o primeiro casal começa a se amar ali mesmo, depois outro e outro. Ao fim todos unem seus corpos inundados de amor e luxúria.
Ela cantava e comprazia-se com o que via. Em determinado momento pára de cantar, desce do palco, anda pelos corpos seminus, sai do bar e as portas atrás dela se fecham.
Olha mais uma vez para a rua com o mesmo olhar de antes á procura de sua nova vítima: Close Heart Bar Blues. E é para lá que se direciona, pelas ruas de pedra, com seu vestido vermelho, rebolando e pronta pra incendiar mais uma vez...
Rebolando, anda girando o juízo de quem a vê. Passa por casas noturnas, cerrando seus lindos olhos verdes como se estivesse a caça, como se espreitasse por sua presa. Sobre a calçada percebe o neon verde e azul, onde diz “Midnight Club”: encontrou sua vítima. Entra requebrando o quadril de forma alucinante, deixa homens excitados e mulheres enciumadas, senta no bar e imediatamente o barman se aproxima perguntando:
- O quê a beleza vai querer?
Ela faz um biquinho, olha lânguida para ele e responde:
- Um Drymartini baby...
Em cinco minutos o barman traz a bebida. Ele nota o vermelho de suas unhas combinando com todo o resto e comenta:
- Toda combinando hein?
Ela responde:
- É minha cor favorita haney...
Ela gira no banco para apreciar as mesas cheias e, enquanto toma seu drink, ao fundo toca um blues ritmado. Acompanha o som balançando seu pé, lançando olhares cinuosos aos demais, muitos sentados conversando, fumando e bebendo, garçonetes andando pra lá e pra cá. Termina sua bebida e caminha por entre as mesas em direção ao palco, sobe nele e para surpresa de todos ela começa a cantar.
Com a voz aveludada mas forte, um pouco rouca mas suave, ela canta um blues cadente, quente pra quem ouve. Canta a história de dois amantes que se encontram num quarto de motel, na Cidade Baixa, andar dois, quarto 19. Os descreve cantando os beijos, as carícias e as loucuras do casal entre quatro paredes.
Canta insinuando seu próprio corpo, sensual, derretendo de excitação. No salão, uma conexão estranha começa a se formar, pares e pares caminham até ele e dançam: homens com mulheres, homens com homens, mulheres com mulheres, negros e brancos, todos bailando pelo saloom, embalados ao som daquela voz tão envolvente.
E mais e mais eles se tocam, mais e mais se embriagam de luxúria. A banda hipnotizada, como se quanto mais tocassem mais prazer sentissem, não param com a música. Então, o primeiro casal começa a se amar ali mesmo, depois outro e outro. Ao fim todos unem seus corpos inundados de amor e luxúria.
Ela cantava e comprazia-se com o que via. Em determinado momento pára de cantar, desce do palco, anda pelos corpos seminus, sai do bar e as portas atrás dela se fecham.
Olha mais uma vez para a rua com o mesmo olhar de antes á procura de sua nova vítima: Close Heart Bar Blues. E é para lá que se direciona, pelas ruas de pedra, com seu vestido vermelho, rebolando e pronta pra incendiar mais uma vez...
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