segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Minha Estrada, minha Colheita


Ontem foi descrito como tranqüilo, as pessoa estavam nas calçadas de suas casas, provavelmente conversando sobre a vida alheia, as crianças brincavam aqueles antigos jogos de rua, suadas até alma de tanto correr. Estava quente e eu havia firmado em mim que ainda iria chover, e o quê me faria feliz em ver as gotinhas de chuva caírem? Ontem eu parei de pensar no que sempre me perturba, por alguns míseros minutos pensei no futuro. A noite esta meio nublada, a lua nem a vejo mais, minha velha companheira de noites tristes, das quais muitas vezes sentei-me no meio fio e chorei e somente ela me observava, nesta noite escondia-se lá em cima, chateada com a minha pessoa. Pensei no futuro, prometi que deixaria de ser medrosa, o medo faz das minhas ações tolas as vezes. Uma sentimento tão impensado, mal calculado, e eu em forma de gente perco-me em todos os momentos que preciso viver de verdade, ser alguém, uma construção de outrem. Martelando sempre, em o que virá, em o que nunca virá. Faço menina a aparente mulher, e corro de pavor para meu próprio colo, contar o que é inútil é inútil. Segredos devem ser segredos sempre, e contados podem afastar sem querer, e a fortaleza ruir por não querer nunca calar-se. Ou não, quando dividir? Escolho muito o que vou dividir, até porque não sei até que ponto sabem de mim, até onde podem agüentar... Ontem vi as pessoas rindo da vida alheia, quando passou pela minha cabeça se quero sentar-me a calçada e rir assim? Acredito que gostaria de rir da minha própria vida, e isso não teria receio de dividir, os risos da minha vida, assim sentada a porta de uma antiga mais alegre casa, velha de tanto plantar, mas bem feliz de ter colhido o que colhi.

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