terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sossego


Quando perco a razão,
Dou vazão à fenda em meu peito
Dela sou par, irmã...
Mas aí a ponta dos teus dedos
Roça em meu rosto toca os meus cabelos.
Faz-me sereno como chuva breve
Arranca do meu cerne toda a tristeza
Ao imbuir-me com leveza
E permito fluir as cores, os sabores e muito mais.
Deixo correr o meu rio sem nome
Onde navego com a calma que o teu toque me traz
Esqueço da dor que me absorve,
Das luas esquecidas, as chuvas perdidas.
A liberdade adiada
Do amor em pedaços
Encontro meu remanso
Minha quietação
Meu coração
Em tuas mãos.


A.A.


*Ao coração.

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